quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Pesquisas realizadas pelo Projeto Pioneiras sobre a regeneração da floresta Amazônica são destaque em artigo discutindo os impactos das queimadas na região.




"Como parte de um experimento de longo prazo próximo à cidade de Manaus, Brasil, nós temos monitorado anualmente o processo pelo qual as árvores chegam, se estabelecem, crescem e morrem depois que as florestas originais foram derrubadas. Nós descobrimos que dois a oito anos de manejo de pastagens com queimas anuais resultam em áreas de floresta marcadamente diferentes daquelas que se regeneram em áreas abandonadas logo após o corte da floresta.

Os resultados encontrados em nossas pesquisas em Manaus também foram observados em novos estudos realizados em áreas não experimentais. Em Apuí, uma área no sul da Amazônia marcada por uma alta taxa de desmatamento e incêndios recentes, anos de criação de gado e queimadas recorrentes comprometem a capacidade das florestas secundárias de prosperar espontaneamente em campos abandonados.

Além disso, encontramos um padrão semelhante nos sistemas de cultivo outrora tradicionais por causa de mudanças socioeconômicas que têm pressionado esses sistemas. Na região de Tefé em direção ao oeste da Amazônia, quanto mais um campo é cultivado e menor o período de pousio entre as queimadas, mais lentamente as florestas secundárias crescem e mais elas abrigam uma comunidade de plantas caracterizadas por árvores semelhantes às encontradas em pastagens abandonadas.

Se o governo do Brasil realmente deseja recuperar as terras desmatadas, medidas ativas devem ser tomadas para ajudar as florestas secundárias a prosperar. Duas décadas de pesquisa mostram ser necessários investimentos e o apoio do governo em iniciativas de restauração envolvendo a poda de árvores, o plantio de mudas, a recuperação de solos e o desenvolvimento de sistemas agrícolas alternativos como agroflorestas para que a recuperação de florestas na Amazônia realmente tenha algum valor econômico ou ecológico para as futuras gerações."

Acesse o artigo completo aqui.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Projeto Pioneiras retorna a APUI e pode firmar parcerias na região.

Dois membros da equipe do Projeto Pioneiras acompanharam técnicos do IDESAM – Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia – numa visita técnica a Apuí, sul do estado do Amazonas. Visitamos várias propriedades rurais do município, o que permitiu conhecer iniciativas de recuperação de pastagens, sistemas silvipastoris, e o café agroflorestal. Também pudemos ver a realidade e alguns problemas ambientais ocorrentes na região, principalmente os ligados a regularização ambiental , desmatamento e recomposição florestal. Após 5 anos, da primeira visita, que possibilitou o mapeamento de mais de 250 áreas de capoeiras dentro do Projeto de Assentamento Juma e a realização dos inventários florísticos, coletas de solos e a obtenção de estimativas de biomassa, a equipe volta buscando reforçar uma parceria institucional e com ideias voltadas à recomposição florestal da região.
O Projeto ainda em discussão, pretende ajudar a instalar e acompanhar futuras áreas que serão restauradas no município, com o apoio do WWF e execução do IDESAM. O Projeto Pioneiras espera aplicar seu conhecimento em capoeiras da Amazônia para ajudar os produtores a se regularizarem, recuperando APPs e reservas legais, com um sistema de baixo custo, mas que resulte em florestas com bom valor de conservação da biodiversidade e dos serviços ambientais.

sábado, 21 de maio de 2016

Publicacao no Science Advances tem participacao do Projeto Pioneiras

Noticia no site do INPA informa sobre nossa participacão. Dentre os 60 autores do trabalho estão Rita Mesquita, Paulo Massoca, Catarina Jakovac, Tony Vizcarra e Bruce Williamson, todos da equipe Pioneiras. Os estudos, que foram desenvolvidos pela Rede Internacional Secondary Forests e o projeto Partners Reforestation, mostram que 17% da área de floresta na América Latina são florestas secundárias jovens com até 20 anos e 11% são florestas com idade intermediária entre 20 a 60 anos. O estudo mostra, por meio de um modelo de projeção, que se as florestas secundárias jovens existentes em 2008 fossem deixadas regenerar por 40 anos, sua capacidade de armazenamento de carbono dobraria no período, enquanto nas florestas intermediárias o estoque de carbono aumentaria em 120%. O que impressiona nestes números é que isso é regeneracao natural de florestas, com baixo custo, sem plantios ou outras intervenções mais caras, apenas baseado na proteção destas florestas secundárias para que elas possam continuar crescendo. Saiba mais aqui: Leia o trabalho na integra aqui: Credito da foto: A. C. Jakovac

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

A importância de fatores bióticos no estabelecimento de propápgulos em capoeiras de Vismia.


O aluno de mestrado do Programa de Ciências de Florestas Tropicais (CFT) do INPA, Marcelo de Figueiredo Pissurno Motta Pinto, orientado pela Dra Rita Mesquita, montou seu experimento de mestrado nas capoeiras dominadas pelo genero Vismia nas áreas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF).
O trabalho tem como objetivo descrever e entender como e quais fatores bióticos influenciam e/ou impedem a germinação e estabelecimento de 3 espécies florestais (Hymenaea courbaril, Ormosia excelsa e Parkia multijuga) em áreas de capoeiras na Amazônia central. Para isso foi feito uma semeadura direta na capoeira sob 3 diferentes situações, com proteção de tela de galinheiro, enterradas e sobre a serrapilheira, com o intuito de excluir predação de sementes por médios e grandes animais vertebrados terrestres, proteção contra luz e manutenção da umidade.


Um outro experimento com mudas das mesmas espécies, com e sem proteção de tela de galinheiro, também foi montado para avaliar predação e herbivoria em estágio de plântulas.


Ao todo o trabalho do aluno pretende responder porque espécies de floresta primária ainda não estão presente em uma capoeira de 25 anos, se é um problema de dispersão, colonização ou estabelecimento de propágulos em uma floresta secundária na Amazônia central




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Como a Amazônia Central esta respondendo ás variações climáticas?

No mês de fevereiro iniciou-se a instalação de dendrômetros em indivíduos arbóreos do Projeto Pioneiras, localizados no PDBFF. O objetivo da instalação, é aumentar a precisão na coleta de dados relativos ao crescimento das espécies. Os indivíduos que receberam o equipamento terão seus dados coletados em um curto período, com a utilização de paquímetros digitais.

A) Dendrômetros instalados pelo Projeto Pioneiras B) Paquímetro digital em uso.
O monitoramento do crescimento diamétrico desses indivíduos, ocorre simultaneamente em florestas com diferentes históricos de perturbação: floresta contínua, floresta fragmentada e floresta em regeneração. O PDBFF oferece uma oportunidade única de se avaliar as relações entre a estrutura do dossel e a dinâmica de carbono, além de possibilitar a comparação desses dados entre diferentes áreas.
Monitoramento das parcelas já instaladas pela equipe.
Os dados coletados serão de fundamental importância numa melhor compreensão sobre a resposta de florestas da Amazônia Central à fragmentação florestal, mudança no uso da terra e variações climáticas.




terça-feira, 21 de julho de 2015

As capoeiras e a fauna

Materia interessante falando do valor das capoeiras para a fauna. E aqui em Manaus isso é especialmente importante para restaurarmos um pouco da conectividade perdida nos fragmentos florestais urbanos.
http://noticias.band.uol.com.br/cidades/amazonas/noticia/?id=100000762276