PROJETO PIONEIRAS participa do 49º Encontro Anual da Associação para Biologia Tropical e Conservação que ocorreu em Bonito, MS.

Sete trabalhos desenvolvidos no âmbito do Projeto Pioneiras ao longo dos últimos anos foram apresentados entre os dias 18 e 22 de junho de 2012 no 49º Encontro Anual da Associação para Biologia Tropical e Conservação (ATBC)  realizado em Bonito, MS.

Em uma sessão que abordou os serviços ambientais providos pela Floresta Amazônica, Rita Mesquita e Paulo Massoca apresentaram resultados dos novos trabalhos do Projeto Pioneiras relacionados à rede de pesquisa INCT/Servamb.

Em outra sessão abordando os processos sucessionais nas florestas secundárias tropicais a partir de estudos e monitoramento de longo prazo, Rita Mesquita e Benjamin Longworth apresentaram resultados provenientes de 12 anos de monitoramento da vegetação secundária nos 18 transectos instalados nas áreas de pesquisa do PDBFF/INPA próximas a Manaus, AM. Nesta mesma sessão, Tony Bentos apresentou parte dos resultados de sua Tese de Doutorado e Ana Catarina Jakovac os resultados finais de um experimento de enriquecimento de capoeiras realizado em propriedades rurais no interior do Amazonas.

Por fim, Bruce Williamson apresentou trabalho com uma nova abordagem sobre a estratégia de produção e dispersão de sementes de espécies pioneiras presentes nas capoeiras da Amazônia.

Os resumos dos trabalhos estão disponíveis nos links abaixo:

·         Successional age and light effects onseedling growth in alternative successional sequences in the Central Amazon.

·         Recruitment success of pioneer treespecies: importance of topography and gap microsites conditions.

·         Land use intensity affects biomassaccumulation in Amazonian secondary forests.

·         Are environmental services affected bysuccessional pathways in secondary Amazonian rain forests?

·         Amazonian secondary forests respond toclimatic variation: biomass dynamics.

·         Seed and fruit tradeoffs – the economicsof seed packaging in Amazon pioneers.

·         Convergence and divergence inalternative successional pathways in Central Amazonia.

Duas expedições de campo ao Sul do Amazonas

Em 2011, com recursos do INCT/Servamb oriundos do CNPq, o Projeto Pioneiras iniciou os trabalhos de campo no primeiro novo sítio amostral, no município de Apuí, sul do Amazonas. Foi a primeira vez, em mais de 12 anos de trabalhos, que a equipe técnica coletou dados fora da área do Distrito Agropecuário da Suframa, ao norte de Manaus. Nossa expectativa era grande, pois esperamos, com a ampliação dos sítios amostrais, descrever melhor os processos sucessionais que estão em andamento e aprofundar nosso entendimento dos fatores determinantes da recuperação destas áreas, com consequente restauração de serviços ambientais perdidos pelo processo de desmatamento.  Os estudos em Apuí permitiram o mapeamento de mais de 250 áreas de capoeiras, espalhadas por mais de 400 km de estradas vicinais dentro do Projeto de Assentamento Juma. Dentre as áreas mapeadas, um subconjunto foi selecionado para a realização dos inventários florísticos, maior detalhamento de histórico de uso, coletas de solos e obtenção de estimativas de biomassa. Os dados, ainda em análise, comporão parte dos resultados a serem apresentados no Congresso Internacional da ATBC, a ser realizado no fim de junho em Bonito, MS.

Projeto Pioneiras continua a implementação dos recursos recebidos do CNPq

Em 2010 o projeto Pioneiras se uniu a rede de pesquisas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Serviços Ambientais da Amazônia (INCT/Servamb), que é coordenado pelo Dr. Phillip Fearnside. O Projeto Pioneiras coordena a sub-rede de pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas da Amazônia no âmbito deste INCT e recebeu recursos para implementar sítios amostrais em cinco bacias hidrográficas diferentes no Estado do Amazonas:  bacias do Rio Madeira, Rio Juruá, Médio Amazonas, Rio Negro e Rio Aripuanã. Este projeto vai permitir ampliarmos o entendimento sobre os processos sucessionais nas áreas de vegetação secundária e dimensionar os serviços ambientais perdidos e potencialmente restauráveis das áreas desmatadas da Amazônia.