terça-feira, 21 de julho de 2015

As capoeiras e a fauna

Materia interessante falando do valor das capoeiras para a fauna. E aqui em Manaus isso é especialmente importante para restaurarmos um pouco da conectividade perdida nos fragmentos florestais urbanos.
http://noticias.band.uol.com.br/cidades/amazonas/noticia/?id=100000762276

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Projeto Pioneiras finaliza estudos de capoeiras no médio Juruá.

Entre os dias 02 e 23 de Junho de 2015, a equipe do Projeto Pioneiras esteve em campo novamente, dessa vez na região do médio rio Juruá, no munícipio de Carauari. Após uma primeira expedição à região em março de 2014 e a coleta de dados na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari, nossos trabalhos se concentraram dessa vez na comunidade do Roque, localizada na Reserva Extrativista (Resex) do Médio Juruá. Ao todo foram inventariadas oito novas capoeiras com diferentes históricos de uso e tempo de regeneração da vegetação. Amostras também foram coletadas para análises química e física do solo.
                              Àreas em regeneração na comunidade do Roque; RESEX médio Juruá.

Desse modo, a equipe finalizou os trabalhos de campo relacionados ao estudo de cronossequências de capoeiras na região. Ao todo foram inventariadas e coletadas amostras de solo em 14 capoeiras no médio rio Juruá. Esses dados irão se juntar aos de outras 28 capoeiras amostradas em anos anteriores nos municípios de Parintins e Apuí.

O trabalho na região contou com o apoio logístico da Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC) e apoio e autorizações do ICMBio e CEUC, responsáveis pela gestão da Resex e RDS, respectivamente. 
Porto do município de Carauari; Ponto de partida para a subida do Rio Juruá

Em Carauari finalizamos mais um importante passo do Projeto Pioneiras, que é o de expandir os trabalhos que o grupo desenvolve em Manaus desde a década de 1990. Juntamente com as cidades de Apuí e Parintins, o trabalho em Carauari, aumentou a base de dados do projeto com o estudo de regiões geograficamente distintas e com características socioeconômicas, culturais e com histórico de ocupação humana diferentes. A ideia é que esses dados permitam ao Projeto Pioneiras compreender de maneira mais abrangente os processos relacionados à dinâmica do uso da terra e as consequências para a sucessão ecológica das florestas secundárias em regeneração em áreas abandonadas da Amazônia. Relatórios e informações adicionais sobre o trabalho do grupo estarão disponíveis em breve também nesse blog.
                               


Equipe do Projeto Pioneiras responsável pelo o levantamento dos dados da expedição.

segunda-feira, 1 de junho de 2015


 Projeto Pioneiras conclui a remedição anual 


A equipe do Projeto Pioneiras concluiu em maio a 16ª remedição anual dos transectos monitorados desde 1999 pelo Projeto. As áreas monitoradas estão situadas no Distrito Agropecuário da Suframa, aproximadamente 70 km ao norte de Manaus pela rodovia BR-174.
Durante 10 dias, a equipe do Projeto Pioneiras realizou a remedição das árvores em 17 transectos estabelecidos em uma área de estudo de aproximadamente 1000 km2. Além de medir o incremento em diâmetro, foram coletados dados sobre recrutamento e mortalidade das plantas. As informações coletadas ao longo desses 16 anos constituem um banco de dados que permite a compreensão da dinâmica da vegetação secundária regenerando sobre áreas degradadas na Amazônia. Esse conhecimento é importante para a proposição de métodos de manejo de capoeiras objetivando a recuperação de áreas degradadas na região, bem como para o refinamento das estimativas relacionadas ao potencial dessas florestas secundárias crescerem e absorverem carbono ao longo de seu desenvolvimento.
Paralelamente à remedição dos transectos, foram registradas fotografias hemisféricas (com lentes olho-de-peixe) do dossel das capoeiras. A ideia é relacionar informações de abertura do dossel e dados de sensores orbitais (cenas Landsat) para refinar a classificação de diferentes florestas secundárias a partir de dados de sensoriamento remoto.  O monitoramento contou com apoio logístico e financeiro do PDBFF, INCT/Servamb, FAPEAM, CNPq, e NSF (National Science Foundation).
                                  Registro da abertura do dossel  feito a partir de fotografias hemisféricas.
                                                  Fotografia panorâmica da área de estudo do Projeto Pioneiras.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Intensificação do uso da terra diminui a resiliência das capoeiras na Amazônia, segundo estudo publicado

O Projeto Pioneiras acaba de publicar o artigo intitulado


A edição especial da revista científica Journal of Ecology intitulada Forest resilience, tipping points and global change processes, traz sete artigos de pesquisa que avaliam a resiliência de diferentes florestas às mudanças globais, e um artigo de revisão sobre o assunto. A edição especial estará disponível gratuitamente online na página da revista.

Neste artigo, nós avaliamos o efeito da intensificação da agricultura de corte e queima na resiliência das florestas secundárias (capoeiras) na Amazônia Central. A pesquisa foi realizada em comunidades ribeirinhas do Médio Solimões, na região do município de Tefé e Alvarães, no Estado do Amazonas. 


Os resultados da pesquisa mostram que, com o aumento da intensidade de manejo, a área basal e altura das florestas secundárias diminui, a regeneração da comunidade de plantas passa a depender principalmente de rebrotos, e a infestação de lianas sobre as árvores aumenta drasticamente. Além disso, a diminuição da área coberta por floresta madura na paisagem leva à diminuição da diversidade de espécies nestas florestas. As propriedades do solo tiveram um efeito limitado neste processo.

Nossos resultados demonstram a importância da intensidade de manejo para determinar a estrutura das florestas secundárias e enfatizam a importância das estratégias de regeneração para a resiliência da floresta. No artigo nós discutimos como a intensificação do uso da terra pode levar o sistema a um estado estagnado de sucessão, o qual terá baixa capacidade de prover serviços ecossistêmicos e de manter a agricultura tradicional de corte e queima na Amazônia. 


Diagrama mostrando os efeitos da intensidade de uso da terra sobre a estrutura das florestas secundárias na Amazônia Central, Brasil.

À esquerda estão duas fotos de florestas secundárias que foram sujeitas a baixa intensidade de uso: apenas um ciclo de corte e queima após a derrubada da floresta madura. À direita estão duas fotos de florestas secundárias que foram sujeitas a elevada intensidade de uso: foram realizados mais de oito ciclos de corte e queima, com um tempo de pousio médio de 4 anos. Todas as fotos representam florestas secundárias com 5-6 anos após o abandono da área agrícola. Os triângulos representam a direção das mudanças em quatro variáveis de estrutura da florestas ao longo de um gradiente de intensidade de uso da terra. 





terça-feira, 13 de janeiro de 2015

IX Congresso Brasileiro de Agroecologia de 2015 será realizado em Belém (PA)

Normas para submissão de trabalhos já estão disponíveis

O IX Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) será realizado em território amazônico, no município de Belém (PA), entre 28 de setembro e 01 de outubro de 2015. As normas e modelos orientando a submissão de trabalhos já estão disponíveis, bem como o calendário das atividades relacionadas ao evento. Serão aceitos trabalhos nos formatos de Resumo Expandido e Relatos de Experiências, .
Maiores informações podem ser obtidas na página da Associação Brasileira de Agroecologia no Facebook, ou pelo e-mail ctcixcba@gmail.com.




segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Seleção de Bolsistas para o Projeto "Florestas secundárias na Amazônia central: origens, dinâmica sucessional, serviços ambientais e manejo"

O Projeto Pioneiras está selecionando dois novos bolsistas para integrar sua equipe técnica em 2015. As bolsas destinam-se a profissionais de nível superior, com mestrado ou ao menos dois anos de experiência nas áreas de ciências biológicas, engenharia florestal, agronomia, ecologia, geografia, geoprocessamento e áreas afins. As bolsas da modalidade de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (DTI – Nível 2) serão outorgadas pela FAPEAM, com duração de 1 ano e valor mensal de R$2.186,87.
A previsão para início dos trabalhos é fevereiro de 2015. O bolsista selecionado deverá residir em Manaus e ficará sediado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), sob supervisão da Dra. Rita de Cássia Guimarães Mesquita. Detalhes sobre cada uma das bolsas podem ser encontrados abaixo.
O prazo para envio dos documentos é 19 de janeiro de 2015.

BOLSA 1
Qualificação do Bolsista 1
Estamos selecionando 01 (um) profissional de nível superior, com mestrado ou pelo menos dois anos de formado, com experiência nas áreas de ciências biológicas, engenharia florestal, agronomia, ecologia ou áreas afins, com:
  • Iniciativa e pró-atividade para trabalhar em equipe;
  • Organização, compromisso e responsabilidade com prazos e metas;
  • Independência e capacidade para tomar decisões e liderar trabalhos;
  • Disponibilidade para viagens entre 20-30 dias ao interior do Estado do Amazonas;
  • Experiência e capacidade para organizar, conduzir e coordenar atividades e equipes em campo;
  • Entusiasmo para trabalhar em campo em locais remotos e com infraestrutura limitada;
  • Capacidade de articulação e comunicação escrita e oral com públicos diversos;
  • Familiaridade com inventários florestais ou identificação botânica, delineamento amostral e análises estatísticas;
  • Desejável, mas não exigida, experiência na Amazônia e com comunidades rurais;
  • Interesse na temática socioambiental da Amazônia.

Atribuições específicas do Bolsista 1
O Projeto Pioneiras tem coletado dados e analisado a dinâmica de florestas secundárias em áreas de estudo localizadas em diferentes municípios do Amazonas. Cada localidade distingue-se em termos de características bióticas (fitofisionomia) e abióticas (solos, pluviometria), história de ocupação e perfil socioeconômico e cultural dos moradores e formato de gestão territorial (Unidades de Conservação, assentamentos rurais da reforma agrária, terras particulares). Um dos objetivos do Projeto é compreender a dinâmica das florestas secundárias ao longo do tempo nesses diferentes contextos.
Para isso, procuramos um bolsista apto a realizar inventários florestais, coletar amostras de solo e conduzir entrevistas com moradores locais para obter informações sobre o histórico das áreas inventariadas. Com esses dados, esperamos conhecer a riqueza e diversidade dessas florestas, entender como se dá o acúmulo de biomassa ao longo do tempo e a relação entre esses dados e as características do solo e das formas de uso e manejo das áreas pelas populações locais.
Esperamos que o bolsista trabalhe em colaboração com os demais integrantes do grupo de pesquisa, assumindo com independência as seguintes atividades:
  • Organização e coordenação de atividades de campo relacionadas aos inventários florestais;
  • Identificação botânica das plantas junto a taxonomistas e botânicos;
  • Organização e atualização das bases de dados relacionadas aos inventários florestais;
  • Análise estatística dos dados coletados;
  • Redação e divulgação de resultado e informações do projeto em artigos científicos, congressos e outros meios de disseminação do conhecimento (incluindo o blog do projeto) do projeto e;
  • Supervisão, quando necessário, de bolsistas de Iniciação Científica, técnicos de apoio e equipes de campo associados ao projeto.

BOLSA 2
Qualificação do Bolsista 2
Estamos selecionando 01 (um) profissional de nível superior, com mestrado ou pelo menos dois anos de formado, com experiência nas áreas de ciências biológicas, engenharia florestal, geografia, agronomia, ecologia ou áreas afins, com:
  • Iniciativa e pró-atividade para trabalhar em equipe;
  • Organização, compromisso e responsabilidade com prazos e metas;
  • Independência e capacidade para tomar decisões e liderar trabalhos;
  • Experiência com geoprocessamento e análises de ecologia de paisagem;
  • Entusiasmo para trabalhar em campo em locais remotos e com infraestrutura limitada;
  • Capacidade de articulação e comunicação escrita e oral com públicos diversos;
  • Familiaridade com delineamento amostral e análises estatísticas;
  • Desejável, mas não exigida, experiência na Amazônia e com comunidades rurais;
  • Interesse na temática socioambiental da Amazônia.

Atribuições específicas do Bolsista 2
O Projeto Pioneiras tem coletado dados e analisado a dinâmica de florestas secundárias em áreas de estudo localizadas em diferentes municípios do Amazonas. Cada localidade distingue-se em termos de história de ocupação, perfil socioeconômico e cultural dos moradores, gestão territorial (Unidades de Conservação, assentamentos rurais da reforma agrária, terras particulares) e aspectos bióticos e abióticos. Um dos objetivos do Projeto é compreender como se dá a dinâmica das áreas de floresta secundária nesses diferentes contextos. Para isso, procuramos um bolsista capaz de coletar e processar informações e dados de campo e de sensoriamento remoto, integrando-os e analisando-os numa perspectiva de ecologia da paisagem.
Esperamos que o bolsista trabalhe em colaboração com os demais integrantes do grupo de pesquisa, assumindo com independência as seguintes atividades:
  • Organização e preparação de material cartográfico (mapas) para auxiliar os trabalhos e atividades de campo dos demais integrantes da equipe do projeto;
  • Organização logística e coordenação de atividades de campo para coleta de dados e mapeamentos do uso e cobertura da terra nas áreas de estudo;
  • Manipulação e análise dos dados coletados; e
  • Redação e divulgação dos resultados e informações do projeto em artigos científicos, congressos e outros meios de disseminação do conhecimento, incluindo o blog do projeto.

PROCESSO SELETIVO
Para participar do processo seletivo, o candidato deve enviar os seguintes documentos:
  • Currículo Lattes atualizado especificando formação acadêmica e extracurricular, experiências profissionais, participações em projetos de pesquisa e publicações técnicas e científicas;
  • Uma carta de apresentação com uma página em que constem:
    • Sua motivação para concorrer à bolsa;
    • A relação entre suas experiências acadêmicas e/ou profissionais com sua intenção em trabalhar no projeto e concorrer à vaga disponível;
    • Suas expectativas profissionais ou acadêmicas para os anos seguintes;
    • Se morador de outra região, sua motivação para trabalhar na Amazônia;
    • Sua disponibilidade para se dedicar ao trabalho e residir em Manaus;
    • Nome e contato de dois profissionais para fornecer referências sobre o candidato.
Prazo para envio dos documentos
Os documentos devem ser enviados até 19 de janeiro de 2015, em formato *.pdf, para projetopioneiras@gmail.com, especificando SELEÇÃO PIONEIRAS – BOLSA 1 ou 2 no assunto do e-mail.

Análise da documentação e seleção dos bolsistas
Os candidatos pré-selecionados após avaliação da documentação solicitada serão contatados para agendamento de entrevistas presenciais ou via Skype.

Valor, modalidade, início da vigência e prazo da bolsa
A bolsa disponível será outorgada pelo período de 12 meses pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), na modalidade Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (DTI – Nível 2), no valor de R$2.186,87. A previsão para início dos trabalhos fevereiro é de 2015. O bolsista selecionado deverá residir em Manaus e ficará sediado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), sob supervisão da Dra. Rita de Cássia Guimarães Mesquita.